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domingo, 17 de julho de 2011

Mãe

Roberto de Queiroz

Mãe não é o anoitecer, e sim
o amanhecer de cada novo dia.

Não é a acidez dos sargaços
marinhos, e sim o doce mel

que a pequena abelha sorve
do néctar de uma flor.

Não é o lenço que enxuga nossas
lagrimas, mas a lágrima companheira

que nos acolhe e nos acalenta
quando sentimos a dor...

Mãe é fonte
de plena consciência humana
e fonte do mais profundo amor...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A imagem refletida

Roberto de Queiroz

Não posso esquecê-la.
Meu coração a deseja
e, para tentar aproximá-la,
meu olhar a busca...
Meu desejo recorre ao infinito
para retratar sua imagem.
Não posso esquecê-la.
Não posso esquecer-me de seus beijos.
O vento vai buscar sua boca
para tocar meus lábios.
Sua voz está no vento
sempre a tocar meus ouvidos.
Não posso esquecê-la.
Sua imagem está sempre
a refletir-se em meus pensamentos
e meu coração não se compraza
em havê-la perdido.
Não posso esquecê-la.
Pois é tão grande o meu amor
e tão pequeno o esquecimento.
Minha alma não se compraza
em havê-la perdido
e eu quero tê-la entre meus braços...


(
Em A nudez de escrever, Curitiba, PR, Editora Protexto, 2011, p. 17)